Resumen:
En 2020, al plantearse en la provincia de Buenos Aires el desafío de las clases virtuales en el contexto de la Pandemia, se reforzó en la docencia la responsabilidad de su doble rol, social y educativo, con el objetivo puesto en la garantización del derecho a la educación de los niños y adolescentes. Ahora, parece necesario repensar los desafíos que la tecnología plantea hoy al sistema educativo del nivel medio y asumirlos como sociedad.
En los últimos años, la alta disposición tecnológica se convirtió en una característica relevante de la sociedad del conocimiento, lo que se acrecentó en tiempo de pandemia, donde también quedó en evidencia la desigualdad en el acceso y las competencias sobre las tecnologías de la información y la comunicación (llamadas TIC), no sólo de los estudiantes sino también de los docentes.
Los docentes se vieron obligados durante la pandemia a repensar sus clases en el marco de la virtualidad. No sólo en cómo enseñar de esta “otra forma” sino también en lo que implicaba cada una de las elecciones que tomaban. Al momento de pensar en una conferencia web, por ejemplo, no era lo mismo hacerla por Zoom o por un aulaweb de acceso gratuito.
Se hizo necesario problematizar las transformaciones culturales tecnológicas y desde allí trabajarlas en el aula. Al incorporar las TIC como herramienta en la escuela, su uso debería ir más allá de lo meramente tecnológico y práctico, para hacerlo de manera reflexiva y con respuesta a los contenidos y objetivos planteados en cada materia, con momentos sincrónicos y asincrónicos, contenidos para consumo pasivo y momentos con estudiantes prosumidores (consumidores y productores de contenidos). Y es que la verdadera inclusión digital debe estar definida no sólo por la disponibilidad del soporte tecnológico sino también con utilizar el mismo de manera adecuada y competente.
La escuela ya no es la que era antes de la pandemia. Entonces, es necesario revisarla. La elección de la plataforma, lo relacionado a la curación de contenidos, la privacidad, el software libre, el derecho a la propiedad intelectual (propia y ajena), los reservorios institucionales, el uso pedagógico de las herramientas, los recursos, la accesibilidad, son cuestiones que emergen a la hora de las decisiones pedagógicas pero que por desconocimiento o falta de información no siempre se les da la importancia que merecen en cuanto a su impacto en la vida personal y social de estudiantes y educadores.
La continuidad pedagógica online en el marco del aislamiento por Covid fue una situación excepcional, pero precipitó buscar soluciones a un debate que ya se venía dando hace tiempo en cuanto al impacto de la mediación tecnológica en el proceso de enseñanza aprendizaje, el uso responsable de la tecnología en la escuela, su lugar como herramienta educativa, y su rol social y cultural. Una búsqueda que es continua.

Summary
In 2020, when the challenge of virtual classes was raised in the province of Buenos Aires in the context of the Pandemic, the responsibility of their double role, social and educational, was reinforced in teaching, with the objective of guaranteeing the right to the education of children and adolescents. Now, it seems necessary to rethink the challenges that technology poses today to the secondary education system and assume them as a society.
In recent years, high technological readiness has become a relevant characteristic of the knowledge society, which has increased in times of pandemic, where inequality in access to and skills in information technology and technology has also become evident. communication (called ICT), not only for students but also for teachers.
Teachers were forced during the pandemic to rethink their classes within the framework of virtuality. Not only in how to teach in this “other way” but also in what each of the choices they made implied. When thinking about a web conference, for example, it was not the same to do it via Zoom or through a free access classroom.
It became necessary to problematize technological cultural transformations and from there work on them in the classroom. By incorporating ICT as a tool in school, its use should go beyond the merely technological and practical, to do so in a reflective manner and in response to the content and objectives set in each subject, with synchronous and asynchronous moments, content for consumption passive and moments with student prosumers (consumers and content producers). And it is that true digital inclusion must be defined not only by the availability of technological support but also by using it appropriately and competently.
School is no longer what it was before the pandemic. So it is necessary to review it. The choice of the platform, what is related to content curation, privacy, free software, the right to intellectual property (own and others), institutional reservoirs, the pedagogical use of tools, resources, accessibility, These are issues that arise when it comes to pedagogical decisions, but due to ignorance or lack of information, they are not always given the importance they deserve in terms of their impact on the personal and social life of students and educators.
Online pedagogical continuity within the framework of isolation by Covid was an exceptional situation, but it precipitated the search for solutions to a debate that had been taking place for some time regarding the impact of technological mediation on the teaching-learning process, the responsible use of technology in school, its place as an educational tool, and its social and cultural role. A search that is continuous.

Resumo
Em 2020, quando foi lançado o desafio das aulas virtuais na província de Buenos Aires no contexto da Pandemia, foi reforçada a responsabilidade de seu duplo papel, social e educacional, no ensino, com o objetivo de garantir o direito à educação de crianças e adolescentes. Agora, parece necessário repensar os desafios que a tecnologia coloca hoje ao sistema de ensino secundário e assumi-los enquanto sociedade.
Nos últimos anos, a alta prontidão tecnológica tornou-se uma característica relevante da sociedade do conhecimento, que se intensificou em tempos de pandemia, onde a desigualdade no acesso e nas competências sobre as tecnologias de informação e comunicação (as chamadas TIC), não só para os alunos, mas também para os professores.
Os professores foram forçados durante a pandemia a repensar suas aulas no âmbito da virtualidade. Não só em como ensinar desta “outra forma” mas também no que implicava cada uma das escolhas que fizeram. Ao pensar em uma webconferência, por exemplo, não dava para fazer pelo Zoom ou por uma sala de aula de acesso livre.
Tornou-se necessário problematizar as transformações culturais tecnológicas e a partir daí trabalhá-las em sala de aula. Ao incorporar as TIC como ferramenta na escola, a sua utilização deve ir além do meramente tecnológico e prático, devendo fazê-lo de forma reflexiva e em resposta aos conteúdos e objetivos definidos em cada disciplina, com momentos síncronos e assíncronos, conteúdos para consumo passivo e momentos com alunos prosumidores (consumidores e produtores de conteúdo). E é que a verdadeira inclusão digital deve ser definida não apenas pela disponibilidade de suporte tecnológico, mas também pelo uso adequado e competente.
A escola não é mais o que era antes da pandemia. Portanto, é necessário revisá-lo. A escolha da plataforma, o que está relacionado à curadoria de conteúdo, privacidade, software livre, direito à propriedade intelectual (própria e alheia), reservatórios institucionais, uso pedagógico de ferramentas, recursos, acessibilidade, são questões que surgem quando se trata às decisões pedagógicas, mas por desconhecimento ou falta de informação, nem sempre lhes é dada a importância que merecem pelo seu impacto na vida pessoal e social dos alunos e educadores.
A continuidade pedagógica online no quadro do isolamento por Covid foi uma situação excecional, mas precipitou a procura de soluções para um debate que já vinha ocorrendo há algum tempo sobre o impacto da mediação tecnológica no processo de ensino-aprendizagem, o uso responsável de tecnologia na escola, seu lugar como ferramenta educacional e seu papel social e cultural. Uma busca que é contínua.